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Reconstrução de mama após uma mastectomia pode ser uma decisão com opções amplas. Quando desafiadas com a perda da mama pelo câncer de mama ou outra doença,as mulheres hoje têm um vasto leque de opções de tratamento do que anos anteriores.
A reconstrução imediata à mastectomia não é somente possível, mas algumas vezes deve ser preferível em certos pacientes pelos fatores emocionais positivos. Caso isso não seja possível, a reconstrução poderá ser feita assim que a doença local esteja controlada ou ao menos terminado o tratamento oncológico coadjuvante necessário. Normalmente isto pode ser feito até 1 ano da cirurgia de retirada da mama.
Há 3 tipos básicos de reconstrução:

1)Expansor de pele com colocação posterior de prótese de mama:
Essa modalidade cirúrgica é indicada para pacientes que tiveram uma grande ressecção de pele na mastectomia e que desejam uma mama com dimensões iguais ou maiores do que a mama pré câncer.Nesse procedimento é colocado um expansor de pele,que será insuflado durante 3 à 6 meses,com objetivo de se obter um ganho de pele ,para posteriormente ,cerca de 4 à 6 meses,ser trocado por uma prótese de mama.

2)Prótese/Expansora de mama(tempo único):
Diferentemente da modalidade anterior, quando se utiliza a prótese/expansora na reconstrução mamária, teoricamente, não há necessidade de troca-lá em um segundo tempo cirúrgico, como ocorre.por exemplo, quando se utiliza somente o expansor de pele, que deve ser ,posteriormente ,trocado por uma prótese de mama.
Essa técnica consiste na utilização de uma prótese de mama de duplo compartimento, sendo que um deles é de silicone e o outro é expansível posteriormente à cirurgia. Funciona como um expansor definitivo. O objetivo deste tipo de prótese é conseguir uma suave e continua expansão da pele para que haja espaço suficiente para o novo volume que esta prótese se transformará graças a expansão.

3)Retalho à Distância:
Nesta técnica, a mama é reconstruída usando o próprio tecido do paciente como forma de ganhar volume. As áreas doadoras podem ser o abdome (TRAM flap) ou das costas ( retalho do grande dorsal). Nestes tipos de retalhos serão usados pele, gordura e músculo.No caso da técnica usando o músculo e pele do abdome não será necessário a utilização de outros materiais para o ganho de volume da mama.Já quando utilizado a pele e o músculo das costas(retalho do grande dorsal) ,geralmente,é necessário a complementação do volume mamário com a utilização de uma prótese de mama.

 

RECONSTRUÇÃO DA ARÉOLA:

 

Após aproximadamente 6 meses da primeira cirurgia podemos partir para o segundo tempo da cirurgia, que consiste na reconstrução areolar. Existem várias opções como enxertos e tatuagens. A nossa preferência atual é pela reconstrução com tatuagem da aréola. Neste estágio também podemos fazer algum refinamento na mama reconstruída, se for necessário, e uma plástica na mama oposta com finalidade de simetrização das mamas.

 

Complicações:

 

Comuns a todas técnicas: Hematomas, Infeção, Perda da sensibilidade local, Necrose do tecido utilizado necessitando a troca de técnica cirúrgica. Para prótese : Contratura capsular, Extrusão da prótese, Assimetrias, Ondulações na pele. Para as costas (grande dorsal): Alargamento da cicatriz, Assimetrias, Contratura capsular. Para o TRAM: Abaulamentos abdominais, Fraqueza da parede abdominal, Assimetrias, Necrose gordurosa (endurecimento do tecido gorduroso na mama).

 
 
 
 
 

RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIO:

 
  • Caso apresente algum sintoma como febre, gripe ou infecção, avisar com antecedência;
  • Não tomar medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina) pelo menos uma semana antes da cirurgia, pois estes aumentam a possibilidade de sangramento;
  • Não tomar medicamentos para emagrecer por pelo menos 20 dias antes da cirurgia;
  • Evitar fumar por pelo menos 1 mês antes da cirurgia.

RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIO:

 
  • O pós-operatório da reconstrução mamária exige muita paciência. Como dito antes, necessita-se de diversas intervenções, geralmente, de 2 à 3 procedimentos até se obter um resultado final. O intervalo entre cada cirurgia é aproximadamente 6 meses à 1 ano.
  • A recuperação quando se utiliza o abdomen é um pouco mais lentificada, mas com o tempo, a adaptação é normal. O tempo para o início das atividades diárias é próximo de 2 à 4 semanas.
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